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Queridos leitores, recomendo que leiam esse capítulo ouvindo I’m Going to You do Infinite, sem parar!

Boa leitura!

Sessenta e Cinco

Quando deslizei os dedos pela lateral de minha cabeça e senti os fios curtos pinicarem, a urgência em me olhar no espelho me fez correr até o banheiro. Mamãe e Hyunhee me seguiram animadas, dizendo que apesar de meu cabelo mais parecer com uma calopsita, havia combinado comigo.

Não tive coragem de cortar totalmente o cabelo por causa do pedido de Woohyun, mas tê-lo mais curto não era tão mal assim. Ainda tinha bastante cabelo no topo da cabeça, o que ajudaria a manter um topete, ou algo do tipo. Me sentia um pouco desprotegido nas orelhas, por causa do frio inverno, mas faria companhia a Namu. Era isso que importava.

Nam Woohyun era quem realmente importava.

“Ficou bonitinho, Gyu! Acho que logo seu cabelo cresce de novo!” Hyunhee disse enquanto passava os dedos por minha nuca.

“Pode falar que não gostou, Hyun… Sua última frase te contrariou bastante.” Levei um pescotapa por dizer aquilo e minha mãe riu.

“Vocês mais parecem dois irmãos, em vez de namorados…”

Hyunhee me fitou através do reflexo do espelho e mordiscou o lábio inferior. Eu não tive reação. Sequer fiquei vermelho. Minha mãe nunca mais nos vira juntos intimamente, não sei por que ela insistia naquilo. Ainda em silêncio, virei-me para elas e beijei-as na bochecha, indo em direção à cozinha. Estou indo, mãe. Foi o que disse antes de pegar as coisas e sair. E ao abrir a porta, ouvi Hyunhee dizer à mamãe que elas teriam uma longa conversa naquela noite. Talvez o assunto dessa conversa tenha nome e sobrenome… Nam Boohyun.

Quando ajeitei o cachecol e saí pelo portão, o vento gélido me fez arrepiar e senti as orelhas congelarem. O frio não era capaz de esconder meu sorriso, tampouco a ansiedade de poder ver Woohyun, mesmo que ele tivera sido estranho naquela mesma manhã.

Não demorou até que eu tocasse a campainha de sua casa, e sua mãe corresse em minha direção envolta em uma manta fina. Ela abriu rapidamente o portão e beijou meu rosto, indicando o caminho até a entrada da casa.

“Vamos rápido! Está muito frio e não quero que você pegue um resfriado.”

“Obrigado ahjummah!” Disse sem jeito, vendo-a pegar as bolsas térmicas de minhas mãos.

“O que é isso?” Ela perguntou curiosa e abriu a porta da casa. O calor do aquecedor era confortável e aconchegante. Deixei o casaco e o cachecol em um dos ganchos do mancebo e logo me descalcei.

“Minha mãe e Hyunhee prepararam alguns caldos para Woohyun… E fizeram um bolo para a senhora.”

“Que adorável! Agradeça as duas e diga a sua mãe que venha algum dia para o jantar! Serão muito bem recebidos.” Ela sorriu e acariciou minhas costas, e eu não sabia se aquele era um gesto bom ou ruim.

“Obrigado.” Disse sem jeito, procurando por Woohyun pelo cômodo sem parecer ansioso.

“Vou esquentar um pouco esses caldos e servir pro jantar. Tinha feito bulgogi, acho que você vai gostar de jantar isso.”

“Minha mãe fez bulgogi em casa, mas disse que era só pra ela e Hyunhee…” Dei de ombros, acompanhando-a até a cozinha. Mesmo que ela estivesse receptiva, ainda me sentia estranho.

“Entendo ela… Eu também gostaria que um dia Hyunhee viesse passar algum tempo comigo. Sinto falta por não ter tido uma filha mulher.” Ela disse com um sorriso vazio.

“Na verdade eu tive uma irmã. Mais velha… Ela faleceu antes que eu nascesse.”

“Sinto muito.” A mãe de Woohyun me fitou e eu pude ver compaixão em seus olhos. Uma dor que parecia ser real. De uma mãe que estava prestes a perder um filho. “Sua mãe deve gostar muito da sua namorada…”

“Ela a adora!” Sorri, tentando disfarçar o fato de que Hyunhee na verdade não era minha namorada, e sim o motivo de Boohyun hyung ir para os Estados Unidos.

“Que bom.” A senhora Nam me sorriu. Um sorriso genuíno que escondia seus pequenos olhos. Talvez por saber que eu não oferecia qualquer risco à integridade de seu filho. “Ah! Woohyun está no quarto… Por que não o busca para que possamos comer?”

“Sim, claro!”

Dei de ombros e me virei imediatamente. Não queria que ela notasse meu sorriso. Aquela conversa havia sido muito estranha, e o máximo de tempo que ficara a sós com ela. Era estranho, pois para mim aquela mulher não existia. Ou era uma caricatura da mulher que um dia vi gritar a plenos pulmões com Woohyun diante de sua casa.

Se ela estava sinceramente sendo boa com seu filho, era isso que realmente importava.

Caminhei às pressas pelo longo corredor, ansiando por vê-lo. Eu podia ouvir meu coração bater em desespero, e o som era mais alto que o de meus pés calçados apenas com meias grossas de algodão, andando pelo assoalho de madeira. Quando minhas mãos tocaram a maçaneta, meu coração parou por um segundo.

Ao abri a porta, o ranger das dobradiças despertou a atenção de um Woohyun que estava sentado junto à sua escrivaninha. Parecia escrever em seu caderno, o estojo estava aberto diante dele e várias canetas espalhadas por sobre a superfície de mogno.

Ele me fitou por sobre o ombro e uniu as sobrancelhas. O cenho franzido em dúvida me fez rir, e automaticamente passei a mão sobre meu cabelo, deixando a mochila que ainda estava em minhas costas junto à porta. A fechei com cuidado e me aproximei dele. A cadeira de rodas estava fechada, do outro lado do quarto, o que significava que ele estava caminhando sem precisar de apoio.

Recostei-me sobre a escrivaninha e cruzei os braços. Woohyun me observava surpreso, analisando cada um de meus traços faciais, como se julgasse alguma escultura. Mordiscou o interior de sua boca e franziu o nariz, o que fazia com que suas sobrancelhas se movessem sutilmente. Eu adorava aquele gesto.

“Por que fez isso? Não pedi que não cortasse?” Ele parecia irritado.

“Sim, pediu. Por isso não cortei tudo. Sua mãe nem reparou.”

“Mamãe repara em tudo. Ela só não diz nada porque acha que seus comentários são sempre rudes.”

“Você não gostou, não é mesmo?” Disse um pouco chateado, mas não queria demonstrar tal sentimento.

Ele não respondeu. Só baixou os olhos e voltou a escrever. Notei um caderno com pautas cor de rosa ao lado do seu, e logo percebi que ele copiava a lição que Hyunhee lhe havia emprestado. Afastei-me dele e me sentei e sua cama, vendo a nuca alva com fios curtíssimos de cabelo se mover enquanto copiava. Woohyun não parecia sequer surpreso ao me ver.

“As provas estão cada vez mais próximas. Já sabe o que vai fazer?” Disse sem emoção. Meu coração estava tão comprimido que, se eu usasse sequer um grama de sentimento, desabaria.

“Tenho duas opções. Ou as farei em um sábado, ou cada um dos professores virá aqui aplicar a prova pessoalmente. Acho que a segunda opção é melhor. Não quero que ninguém me veja desse jeito.”

“Como se você tivesse mudado tanto…”

“Kim Sunggyu!” Ele disse irritado, erguendo o pescoço e encarando a janela fechada à sua frente.

“Namu, não me leve a mal. As pessoas se preocupam com você, sempre perguntam como você está… Você não vai ser motivo de chacota no colégio. Eu não vou permitir que nada…”

“Por favor… Estou tentando me concentrar no exercício.” Ele disse rispidamente, e eu sabia que história não era nenhuma dificuldade para si.

“Me desculpa.”

Ele não respondeu.

O silêncio esmagador só não fora absoluto, porque eu podia ouvir o som ritmado e seco do lápis contra a folha de papel. Podia ouvir meu coração bater tão acelerado como se pudesse saltar por minha boca. Quebrar-se. Me sentia indesejado em sua casa, e nunca imaginei que ele seria o causador dessa sensação.

Sentei-me em um salto quando vi sua mãe entrar pela porta com um guardanapo em mãos, secando-as.

“Meninos, pensei que viriam logo para o jantar.”

“Desculpa mãe. Eu só queria terminar uma questão. Sunggyu estava me esperando. Vamos.” Ele se levantou com certa dificuldade e eu não pude evitar que o instinto me fizesse correr até ele. Mesmo com o orgulho ferido, eu não podia deixá-lo andar sozinho.

“Espera, quer a cadeira?” Ofereci.

“Não preciso dela quando estou em casa. Obrigado.”

Woohyun segurou em meu braço, mas suas pernas pareciam mil vezes mais pesadas que seu corpo. Passo o braço por sobre meu ombro e eu tentei abraçar-lhe a cintura sem que parecesse próximo demais dele. Sua mãe abriu mais a porta para que pudéssemos sair de lá, e nos acompanhou logo atrás.

“Obrigada Sunggyu, por vir. Boohyun é o único que consegue levar Woohyun de um cômodo para outro. Meu marido tem problemas de coluna e não pode com peso. Eu… Bem, eu não consigo levá-lo também.”

“Não tem por onde, ahjummah. Sempre que precisar, pode me chamar.”

“Ao menos Boohyun o ajudou com o banho antes de sair. Acho que precisarei reformar meu banheiro.”

“Mãe…” Woohyun grunhiu, como se quisesse que ela se calasse. “Eu posso muito bem tomar banho sozinho. Ainda não estou morrendo.”

“Nam Woohyun!” Ela levantou a voz e eu me assustei. “Nunca mais repita isso!”

Novamente um silêncio esmagador invadiu aquela casa. Eu não conseguia filtrar minha respiração direito, era como se o peso dele esmagasse meus pulmões.

O pai de Woohyun desceu para o jantar e comeu pouco. Mesmo que sua expressão fosse de satisfação pela sopa que eu trouxera, ele evitava me fitar. Como se sentisse que eu não era apenas um colega de Woohyun. Por sorte a mãe dele não havia percebido.

O homem parecia extremamente sério. Compenetrado, metido consigo mesmo. Me perguntava se era feliz em seu casamento, se gostava de viver ali ou de trabalhar onde quer que trabalhasse. Ele agradeceu brevemente pela refeição e logo se retirou, passando a mão grande sobre os fios curtos de Woohyun.

“Boa noite.” Disse e se foi, como se nunca houvesse participado daquele jantar.

Ajudei a mãe de Woohyun a retirar os pratos e os lavei, vendo-a sorrir para mim e preparar a vitamina dele.

“Obrigada, Sunggyu. E me desculpe por haver sido tão hostil contigo antes.” Seu pedido de desculpa acabara por me sufocar mais ainda. Ela retiraria o que estava dizendo no momento em que descobrisse sobre nós dois.

“Não precisa agradecer. Sou amigo do Woohyun e me importo com ele. Assim como os outros.”

Me limitei a dizer tais palavras e sequei as mãos no avental assim que terminei. Ela pediu que eu o levasse de volta ao quarto, e que logo levaria a vitamina para ele. Me indicou onde eu deveria encontrar cobertores e pediu que eu dormisse na outra cama – havia duas camas de solteiro no quarto.

Ajudei Woohyun, mesmo que ele não parecesse gostar do meu toque. Seu comportamento me machucava. Feria meu coração.

Enquanto esticava o lençol sobre a cama em que iria dormir, Woohyun abotoava com cuidado a camisa do pijama. Desde que entramos em seu quarto e, mesmo após sua mãe vir com a vitamina e sair, ainda havia aquele silêncio pesado e sufocante. Ele não me olhou nem quando tirei meu pijama de minha mochila e mencionei me trocar. Então percebi que seria indelicado de minha parte me trocar diante dele.

Abri a porta e, quando coloquei meu pé para fora do quarto, Woohyun chamou por meu nome.

“Sunggyu, preciso escovar os dentes…” Ele disse um pouco constrangido pelo fato de não conseguir andar sozinho. A quimio o deixava enfraquecido e a perda de peso ajudava a mantê-lo sem equilíbrio suficiente para andar distâncias maiores. Fora isso, ele podia se locomover por seu quarto e pela sala, onde havia lugares para se apoiar.

Coloquei meu pijama sobre a cama e o ajudei a se levantar, deixando-o apoiar-se em meu braço. Caminhamos lentamente até o banheiro, e quando ele se viu ali, soltou-se de mim. Abriu a gaveta do gabinete e pegou o creme dental. O passou lentamente sobre as cerdas da escova e a molhou brevemente.

“Enquanto você escova, vou colocar meu pijama.”

Woohyun me olhou nos olhos quando o disse. Eu não podia ler nada ali. Sequer uma reação.

Troquei-me e preparei minha escova de dente. Hesitei em voltar ao banheiro. Pensei sobre o fato de não me encaixar naquela casa. De que eu era um intruso ali, e sequer aquele a quem amava me desejava sob o mesmo teto que ele. E ao mesmo tempo era uma sensação de posse. De que, pela primeira vez, eu estava ali como convidado. Que passaria uma noite inteira sob o mesmo teto que ele.

Quando finalmente voltei, ele estava sentado no vaso. Assustou-se um pouco quando entrei, mas não o fitei por muito tempo. Era constrangedor demais para ele, e eu o respeitaria.

Escovava os dentes e friccionava as cerdas com tanta força, como se desejasse abafar o som de sua urina caindo sobre a porcelana do vaso.

“Estranho um homem mijar sentado, não é?” Ele disse enquanto levantava-se com certa dificuldade e ajeitava o pijama.

“Quando usamos o banheiro do quarto da minha mãe, eu e meu pai temos que fazer assim. Se ela nos pega em pé, nos tira de lá a tapas.” Ele riu de minha confissão e parecia se sentir melhor.

“Não sou o único então…”

“Nem o primeiro. Ou último.” Cuspi a espuma e abri a torneira. Ele se apoiou sobre a pia e lavou as mãos.

“Eu posso voltar sozinho. Não se preocupe.”

“Não me preocuparei.” Respondi com um sorriso, mas o dele já não estava em seus lábios.

Quando Woohyun deixou o banheiro, fechei a porta. Fitei minha imagem refletida no espelho e meus olhos estavam avermelhados. Eu não podia chorar. Mesmo que eles queimassem como se estivesse em meio a uma guerra e a pólvora os ferisse. Lavei o rosto várias vezes, até que sentisse minha pele ficar áspera, e a sequei na toalha que estava ao meu lado. Tinha o cheiro dele. A essência de Woohyun.

Respirei fundo e coloquei minha escova ao lado da dele. As fitei juntas. A minha verde, a dele azul. Fiz o que precisava fazer ali e voltei. Com o coração na planta de meus pés.

Ao voltar para o quarto, vi Woohyun deitado sobre a colcha em sua cama. Meneei em reprovação e busquei meu celular em minha mochila, deixando-o sob o travesseiro da cama que eu ocuparia. Sentia seus olhos em mim, mesmo que eu não o estivesse vendo.

Endireitei-me e o fitei. Woohyun repousava sobre o travesseiro fofo e branco como uma criança. Nos olhamos por um tempo que não podia precisar. Nada era certo quando nossos olhos se encontravam. Só notei que havia se passado tempo demais quando meus pulmões reclamaram pela falta de oxigênio.

Ele franziu os lábios, como se os tivesse formigando, e fechou os olhos. Tentava a todo custo imaginar o que se passava por aquela cabeça, mas infelizmente – ou felizmente – eu não podia ler mentes. Quando Woohyun voltou a abri-los, notei que eu estava há muito tempo em pé diante de minha cama.

“Me ajuda a me cobrir.” Ele pediu sereno. Sua voz ressonava como se aquela fosse uma súplica.

Desfiz meu olhar triste e caminhei até ele. As camas ficavam em extremidades opostas do quarto, como se fossem dispostas assim propositalmente, para que não fossem unidas. Ele desviou os olhos para a porta, fixando-os na chave suspensa, e eu a tranquei antes de alcançá-lo. Ele não me impediu, tampouco pediu que o fizesse.

Quando abaixei-me para ajudá-lo a se cobrir, senti sua mão tocar a pele de meu braço. Confuso, deixei-me ser tocado e o fitei. Woohyun tinha dúvida estampada em suas íris, e cada uma delas tinha o peso de uma tonelada. Sentia-as me esmagar lentamente.

Ele se moveu com certa dificuldade, deixando-se ficar mais ao meio da cama, como se desse espaço para que eu me sentasse ao seu lado. Tive a plena certeza quando ele puxou meu braço com certa dificuldade, fazendo-me dobrar os joelhos.

Nada dissemos pelo que supus serem dez minutos. Talvez fosse mais que isso. Talvez menos. Eu não sabia ao certo. Seus olhos tinham a mesma expressão de antes. Vazios, negros, distantes. Ele parecia querer dizer algo, mas seus lábios continuavam franzidos em forma de um pequeno coração. Mas não pareciam pedir um beijo, por isso me contive com apenas seu olhar.

Eu também não sabia o que dizer. Ou como começar a dizê-lo.

Ainda assim, não me importava em ficar apenas olhando para ele.

“Sunggyu-ah…” Woohyun sussurrou algum tempo depois, trazendo-me de volta à vida.

“Hum?!”

“Por quê?”

“Por que o quê? Aconteceu algo, Namu?” Eu disse em desespero, sentindo seus dedos deslizarem até os meus.

“Eu não… Eu não sei.” Ele mordiscou o interior dos lábios. A voz trêmula e imprecisa. “Eu não sei por que você me trata assim. Não sei se eu mereço. Parece que algo me impede de aceitar esse carinho. Eu não sou digno de você, Kim Sunggyu.”

Woohyun deixou uma lágrima espessa escorrer por seu rosto. Antes que ela pudesse cair sobre o linho branco que cobria o travesseiro, a sequei com a costa de minha mão. Queria abraçá-lo, dizer que aquilo não era nada diante do que eu seria capaz de fazer por ele. Consolá-lo. Mas eu não conseguia sequer mover meus lábios.

“Eu só fiz mal a você, Gyu… O ignorei, deixei que sofresse por minha causa. O fiz enfrentar coisas que eu não teria enfrentado por outra pessoa…” Ele desviou os olhos para nossas mãos, e tomou a minha, entrelaçando nossos dedos. Eu apenas segurava minhas lágrimas. “Sou tão egoísta… Eu sei que não tenho muito tempo de vida. Que em breve estarei longe daqui, longe de tudo. Mas eu continuo prendendo você a mim.”

“Não diga isso, por favor!” Toquei seus lábios com a ponta dos dedos e inspirei profundamente.

“Você me assusta, Kim Sunggyu!”

“Por quê?” Perguntei enfezado, e ele permitiu que suas lágrimas fluíssem de seus olhos.

“Desde que nos vimos pela primeira vez, você nunca desistiu de mim. Eu sei que já disse isso a você, já pedi desculpas por isso… Já me arrependi pelo tempo que perdi ignorando você. Ainda assim, você ainda me olha com esses olhos. Os mesmos do primeiro dia. Eu ainda sinto o mesmo frio na barriga que senti a primeira vez que você falou comigo e eu não podia responder. Na verdade eu queria socar sua cara quando você insistiu. Mas você sorria pra mim. Era o único sorriso que eu recebi por muito tempo.” Ele inspirou fundo e secou o rosto. Eu não sabia o que fazer. “Você percebeu o que eu tinha antes mesmo dos meus pais. Antes mesmo que eu. Ou talvez eu estivesse tão amedrontado de estar sozinho, que não me importava com o que estava por acontecer. Quando eu caí no ginásio, mesmo que Myungsoo estivesse perto de mim, era por você que eu esperava. E foi você quem me socorreu. Foi você que esteve lá para mim todas as vezes que precisei, e isso me assusta, Gyu-ah. Me contem, me desespera. Porque eu não mereço isso, Sunggyunie. Eu não mereço cada um dos momentos em que você foi o único a me estender a mão. Porque eu nunca recebi tanta atenção na vida. Sequer dos meus pais, ou do meu irmão. Eu nunca me senti tão importante pra alguém. Sempre achei que a minha vida era vazia e sem sentido…”

Woohyun inspirou e fechou os olhos. Os riscos avermelhados delineavam o rosto bonito que tinha. Eu queria tocá-lo, aliviar sua dor, mostrar para ele que nada do que ele me fizera passar poderia ser mais importante que seu bem estar. Mas eu não conseguia me mover.

“Até que você apareceu nela… Com aquele seu cabelo vermelho ridículo, o uniforme mal vestido e aqueles acessórios que faziam você parecer um punk wannabe. Eu tinha vontade de mandar você se foder e procurar sua turma. Tinha vontade de bater em você… Eu me afundava nas lembranças de Myungsoo, porque achava mais saudável sofrer por ele que me importar com o cara popular do colégio.” Ele soltou um riso, mas eu não conseguia mudar minha expressão. Como sempre, Nam Woohyun tinha total controle sobre mim. “Eu amei Kim Myungsoo. Sofri demais por ele… Até aquele dia no ginásio. Quando eu estava no chão do vestiário chorando. Quando notei que não éramos apenas eu e ele ali. Quando percebi que perdia meu tempo correndo atrás de alguém que nunca me quis de verdade.”

Uma vez mais ficamos em silêncio. Woohyun dizia cada palavra lentamente, como se fossem difíceis demais de serem pronunciadas. Eu tampouco queria falar. Preferia apenas ouvir a rouquidão de sua voz. Suas confissões.

“Até que eu viajei. Que voltei dos Estados Unidos com o peito apertado de tanta saudade… De você. Do nosso beijo na piscina. Das coisas bobas que você dizia e dos bilhetes que me mandava. E aí eu te vi com a Hyunhee. Mas isso você já sabe… Eu já disse antes… Meu coração ficou tão apertado. Tão, mas tão apertado que eu não podia suportar. Era ciúme? Eu não sei… Só achava que aquela garota tão bonitinha e fofinha podia ser muito melhor pra você. Ela não ficaria pensando no ex pra evitar pensar em você.”

“Namu-yah…” Sussurrei e, dessa vez, ele me calara com a ponta dos dedos.

“Mas eu quis tentar. A verdade é que eu queria você só pra mim, não queria que a tocasse mais. Queria que seus beijos fossem meus. Que você fosse meu. Queria esquecer de uma vez por todas o que havia sofrido no passado… Mas essa foi a coisa mais egoísta que já fiz na minha vida.” Ele exasperou e soluçou. Um som rouco e magoado escapou de forma gutural, e eu segurei sua mão com as minhas.

“Não se esforce, por favor.” Mesmo que minha vontade era continuar ouvindo-o, eu não podia deixá-lo se esforçar tanto.

“Preciso continuar.”

Meneei e ele sorriu. Um sorriso triste, contido.

“Fui egoísta, porque eu sabia que não tinha muito tempo. Porque tive medo de acabar morrendo sozinho, de nunca ter vivido plenamente. E era isso que você me oferecia, Sunggyu. Uma vida que eu nunca fora capaz de aproveitar, de experimentar. Você me mostrou o que era amar alguém, o que era se preocupar de verdade. O que era fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para que a outra pessoa fosse feliz. Eu nunca soube o que era isso até te encontrar… Mas agora tenho medo.”

“Medo?” Podia sentir seu medo me asfixiar.

“Medo, porque eu não tenho muito tempo. Porque, por mais que eu possa ter seu amor enquanto estiver vivo, logo eu vou te deixar. Eu sinto isso. E eu não quero que você chore por mim. Não mais.”

“Não diga isso, por favor!”

“É a verdade… Eu não vou viver por muito tempo. Mas você tem vida, Kim Sunggyu. Sua saúde grita em suas veias, e as minhas estão tomadas pelo câncer. Eu vou partir em breve… Sei disso. Já aceitei isso. Mas você vai estar aqui. Você não vai mais me ter ao seu lado. Vai sentir que desperdiçou sua vida por alguém que simplesmente apodreceu.”

Ah, minha maçã. Minha preciosa maçã envenenada. Suas lágrimas caíam vivas e pesadas, e eu as recolhi uma a uma. Sua dor era tamanha que queimavam minha pele ao mínimo contato. Eu já não podia suportar. As minhas também caíram violentas sobre nossas mãos unidas.

O abracei, não me importando se meu peso o sufocaria, se ele estava fraco demais para ser apertado por meus braços. O senti entre eles, frágil, pequeno, como um bebê indefeso. Mas o protegia de sua própria dor.

“Não diga isso… Você não apodreceu, Nam Woohyun. Você ainda está vivo, e enquanto você estiver respirando, podemos ter esperança. E de nada me adianta viver sabendo que não posso ter você ao meu lado. Se você algum dia não estiver mais aqui, meu amor, sua presença ainda vai estar no meu peito. Porque de nada me adianta me poupar da dor de te perder… Pior é não poder passar cada pequeno segundo ao seu lado. Te amando, estando contigo. Por favor, Namu-yah. Não se afaste de mim. Não se isole. Você é o que tenho de mais precioso, e não sei o que seria de mim se eu não pudesse passar por tudo isso contigo.”

“Cala a boca, Sunggyu…” Ele sussurrou, passando a mão por meus cabelos. Afastou-me dele e voltou a me fitar. “Eu me afastei por medo. Por me faltar coragem de dizer tudo o que eu queria dizer. Mas eu me arrependi. Notei que não posso mais viver se você não estiver aqui. Que mesmo que eu te afaste de mim e sobreviva, minha vida não teria o mesmo sentido se você não estivesse lá pra eu abraçar.”

“Sh… Não diga mais nada.” Acariciei seu rosto e ele sorriu timidamente. Aquele sorriso lindo que me fazia amá-lo ainda mais.

“Eu preciso dizer… Me desculpa… Me perdoa por te evitar e te deixar confuso? Por ter te tratado tão friamente? O que eu conversei com Myungsoo não foi nada importante… E depois daquela conversa, minha vontade era te ver, te abraçar. Só disse a ele que sou grato pela doação dele, que nada poderia me deixar mais feliz que a chance de eu poder viver um pouco mais ao seu lado, Sunggyu.”

Uma vez mais meu coração parou. Como se eu estivesse em um sonho, tropeçasse e caísse em um buraco sem fundo. Estava mesmo ouvindo aquilo? Ouvindo da boca de Woohyun que ele havia dito a Myungsoo que desejava viver para estar comigo?

Se pudesse, me beliscaria ali mesmo, tentaria pular, me jogar no chão, gritar e ver se alguém aparecia, para ter certeza de que não estava sonhando. As palavras de Woohyun soavam doces ao meu ouvido, como uma canção de amor. Mas ele não deixaria de falar. Inspirou profundamente e segurou meu rosto entre suas mãos, aproximando-me dele.

“Eu nunca tive a intenção de ser rude. Nunca quis fazer você sofrer, mesmo que o processo que passei para esquecer Myungsoo fosse difícil pra mim. Ele foi especial, meu primeiro amor, e isso a gente infelizmente não esquece. Mas uma paixão não pode ser comparada ao amor…”

“Woohyunie…”

“Você me ensinou o que era isso. O que sempre quis saber, e ansiei descobrir da forma errada. Enquanto todos viraram as costas para mim, seu rosto era o único que eu podia ver, Kim Sunggyu.”

Ele sorriu novamente. As lágrimas já não eram pesadas como antes. Eram apenas pequenos riscos que iluminavam sua pele pálida. Woohyun, com certa dificuldade, arqueou o pescoço e tocou meus lábios com os seus. Estavam secos, mas ainda tinham aquele sabor doce que pertencia somente a ele.

Era um selar simples, mas tão doce que eu não desejava mover meus lábios e aprofundar o beijo. Woohyun inspirou sobre eles e os sugou levemente, com o que parecia ser toda sua força. Quando recostou-se sobre o travesseiro novamente, acariciou meus cabelos como se o agradassem, mesmo que curtos.

Sorriu.

Aquele sorriso que me iluminava, que me mostrava o caminho por mais escuro que ele fosse. E foi aí que Nam Woohyun moveu os lábios novamente. Que me roubou para si, e eu jamais reclamaria meu ser de volta.

“Eu te amo, Kim Sunggyu.”

12 opiniões sobre “Rotten Apple

  1. Eu entro completamnete em alfa quando chega atualização de RA no meu e-mail e quando vem recheado com capítulos desse porte então fico mais feliz ainda.
    Esse capítulo me trouxe tantos feelings que nem sei por onde começar. Cada vez gosto mais da HyunHee por ela ser uma super fofa e da mãe do Gyu então… nem se fala.
    Eu sinto tanta dó do Woohyun, eu chorei taaaaaanto com tudo o que ele falou pro Sunggyu porque por um lado eu o compreendo, é realmente um pouco de egoísmo mas a m**** do amor é egoísta e o Gyu tá dando tanto o seu melhor para que ele entenda que tudo o que ele sente por ele é um amor além do que qualquer câncer possa superar. ele finalmente teve a coragem de falar que o amava e eu não vejo a hora de ler o próximo T_T Quero muito WooGyu na minha vida!
    Eu sempre me pergunto de onde tira tal inspiração para tocar as pessoas com o que você escreve, porque eu não acredito que somente eu sinta tudo o que eu sinto quando eu leio RA, isso é fora do comum.
    Eu torço muito para que o Namu e o Gyu tenham uma vida feliz apesar de saber que isso ainda tá meio “longe” de acontecer se tratando de um raio de câncer.
    Quero voltar a ter o Dongwoo, Hoya e Sungjong junto com eles *-* sinto falta deles nos capítulos.

    Espero que você tenha muita inspiração para RA e nós, suas fiéis leitoras, estamos esperando ansiosamente por mais uma dádiva da amada Susu <3

  2. EU sabia era só disso que esses dois precisavam para pararem finalmente de sofrerem.Como uma conversa pode ser tudo o que precisamos as vezes. e esse dois estava deseperadamente precisando disso, colocar tudo em palavras mesmo que fosse dificil pro Namu ele viu que estava fazendo o Gyu sofrer e ele também sofria no processo. Esse capitulo esta dão lindo que li ele tres vezes pra poder finalmente vir aqui e deixar o comentario, pois quando deixamos uma comentario sabemos que o capitulo acabou e nunca foi tão dificil ter um capitulo tão lindo como esse.
    Acho que me apaixonei mais pelo casal Woogyu depois desse capitulo, estou loca pra ir no youtube ver algum videos deles.
    O namu finalmente falou o que se passava na cabeça dele e foi tão lindo e um pouco assustador, serio ele ficar falando que vai morrer logo (por favor por tudo que é sagrado não mate ele) me deixa com um aperto no coração, sabe acho que sei como o Gyu se sentiu ao ouvir falando isso é meio que desesperador ouvir que a pessoa ja esta desistindo.
    E mesmo que tentamos de tudo para encoraja-la, não sabemos como fazer isso, pois não sabemos como ou o que se passa na cabeça dessa pessoa. Mais sei que o Gyu vai fazer de tudo pro Namu não desistir e depois de ouvir que o Namu o ama é que ele nunca vai desistir mesmo, pois se antes ele fazia tudo com incertezasdo amor do Namu, agora ele sabendo dos sentimentos e dos pensamentos do Namu é que ele não vai parar nunca de animar o Namu e animação, podemos contar com o dongwoo e hoya ne.

    Por favor mais por favor me diz que a mãe do Namu ouvir essa confisão apaixonada dos dois. Pois assim como o Gyu eu tenho um certo medo de como a mãe do Namu vai agir depois de ver que eles e o sentimetos ultrapassam a amizade. Ela tem que ter ouvido, pois só assim pra ela entender realmente os sentimentos dos dois e parar de julgar como se fosse errado dois meninos juntos.

    Mais o que ouve com o pai do Namu achei que ele estava finalmente tentado se redimir com o Namu, não acho que estou vendo o pai do Namu do angulo errado. Pois se ele sabe ou suspeita de algo como o Gyu falou, acho que ele esta tentando muito mesmo mudar seus conceitos. pois ele falou coisas realmente fortes no passado pro Namu sobre esse assunto.

    Ver a mãe do Namu desse jeito, não me faz mais odiar ela, acho que nessa fic eu não sinto mais raiva ou odio de ninguem ne do yeol eu tenho mais.

    Ver o Namu falando dos seus sentimentos wdas lembraças do passado me fez pensar, quando ele falou da parte do banheiro, quando ele disse que viu que não era os unico ali, ele viu o Gyu? Sei lá meio que me deixou curiosa.

    Mais ver que finalmente o coração e a alama dos dois podem finalmente ficarem sem mais esse peso me deixou feliz. por favor que o transplante de certo que ele possam viver esse intenso amor e amizade com plenitude. não me importo se for o Myungsoo que va doar, se doar que de certo e salve o Namu, pra ele pode ficar ao lado do Gyu ate eles envelhecerem juntos.

    Melhor parar aqui, beijos ate o proximo. que vou ficar aguardando anciosa. beijos
    ass: Nadjane

    • Sua linda <3
      Primeiro de tudo, sim, o Namu viu o Gyu no banheiro quando ele discutiu com o Myuungsonso, e se sentiu mal por isso.
      Mas ele aprendeu com o tempo que amor mesmo é aquele que nunca desiste da gente. Que é preciso ver a vida com outros olhos e dar outras chances pra vida e pras oportunidades que ela nos oferece.
      Foi isso que ele fez ao confessar seu amor pelo Gyu,,,
      E bem, os pais do Namu ainda tao meio longe de desconfiarem de algo, mas vai ser melhor assim, pelo menos no momento. Mas calma, tudo vai dar certo!!
      Obrigada pelo comentario e por sempre comentar!
      Beijos

  3. Você tava mais que inspirada nesse capítulo! Que coisa mais linda tudo que foi dito, fiquei sem ar lendo o que Woohyun falava, a maneira como Gyu continua do lado dele.
    Simplesmente amando como sempre, eles são perfeitos juntos e sofro quando não estão bem. Não vejo a hora dele sair dessa e esse momento ruim passar, pra que os dois sejam felizes por completo.
    Tava com muuuuitas saudades de RA!

  4. Lindoooo, perfeitooo, não sei o que falar no momento estou emocionalmente abalada, e chorando muito, finalmente o Namu falou que ama o Kyu \o/\o/\o/ to morrendo x__x sinceramente não to conseguindo raciocinar direito no momento, esse comentario deve ta muito sem noção, mais apenas repetindo, amoooooo demais essa fic, você é uma lindaaa!!!!!

  5. Então, o que dizer? Vou começar dizendo o quanto eu estava com saudade dessa fic, que é mais do que perfeita. De verdade, eu já li milhares de fic, tá que poucas do Infinite e tals, mas essa fic é de longe uma das minhas preferidas.
    Sua escrita é tão divina que faz parecer que eu estou lá, junto com o Gyu e o Namu, e que mesmo sendo uma telespectadora eu posso sentir TUDO que eles estão sentindo. Eu REALMENTE não tenho palavras que possam deixar claro o tamanho do meu amor por essa fic ><' Eu realmente quero pegar o Namu e colocar em um porta jóias, porque é isso que ele é. E ele é uma das jóias mais raras. E o Gyu é o único que pode cuidar com todo amor do mundo dessa pequena joia <"
    Espero que não demore pra atualiza e sempre estarei no twitter pra ter perturbar e te seduzir -qq <333'
    Até o próximo, chu~~

    • Bia Bia <3
      Sua fofa, eu fico toda boba quando você comenta, querendo te apertar toda ;-;
      E bem, eles dois ainda vao passar por muitas coisas, mas estarao juntos, pode ter certeza!
      Obrigada por sempre me encher de elogios e me encorajar a continuar escrevendo com tanta paixao quanto antes! Só tenho a agradecer!
      beijos

  6. Fico feliz que você tenha postado logo um capítulo novo. Eu pensei em esperar e ir ler câmara secreta e depois voltar aqui, mas ler algo novo não dar pra simplesmente esperar. Enfim… “Eu não sei por que você me trata assim. Não sei se eu mereço. Parece que algo me impede de aceitar esse carinho. Eu não sou digno de você, Kim Sunggyu.” Namu sempre anda falando essas coisas, ele é muito inseguro consigo próprio. Aliás, Gyu um “punk wannabe”? Assim, o namu magoa o meu coração. (soqn). “Medo, porque eu não tenho muito tempo. Porque, por mais que eu possa ter seu amor enquanto estiver vivo, logo eu vou te deixar. Eu sinto isso. E eu não quero que você chore por mim. Não mais.” ta legal, o namu já pode parar de dizer essas coisas, não só assusta o gyu como a mim tbm, e com certeza a todas as leitoras. Que fdp, ele sempre fica falando essas coisas, essas horas que eu tenho vontade de entrar na história, e xingar o namu. Aliás, tia suz, não sei se é só aqui comigo. Mas, parece que ocorreu um erro no post. Tipo tem duas partes iguais, como se vc tivesse postando o capítulo duas vezes no mesmo post. ‘-‘

    • Eu ando demorando demais pra att né? Me sinto culpada, mas nao posso evitar… acho que eles tem que vir quando eu estiver inspirada, se nao de nada adianta escrever.
      Gyu sente medo pelo Namu, mas acho que o Namu é a pessoa mais amedrontada dessa historia. A sorte dele é ter o Gyu consigo.
      Obrigada pelo review, sua linda <3

  7. Ai Tia Suz, estou tão tão tão feliz com esse capítulo.
    Era tudo o que eu precisava para ficar um pouco mais feliz. Sabe, vou ter que desabafar um pouco, fazem uma duas semanas que eu perdi minha vó, uma das pessoas que eu mais amava nesse mundo, chorei demais no velório dela, mas depois disso, eu tive um certo bloqueio com emoções e só consegui colocar tudo para fora agora. Eu precisava mesmo disso para o meu coração se aliviar um pouco, porque antes era como se minhas emoções estivessem me sufocando.
    RA é uma das únicas coisas que conseguem tocar nos meus sentimentos assim.

    No começo eu estava um pouco agoniada com o clima entre o Namu e o Gyu, mas depois fui me soltando. Tive que rir na parte onde eles estavam no banheiro falando sobre ser estranho um homem mijando sentado kkk. E fiquei tão contente com a forma que a mãe do Namu tratou o Gyu, mas meu peito se comprimiu ao pensar em como ela vai reagir quando descobrir que eles são mais do que simples amigos.

    Quando Woohyun começou a falar todas aquelas coisas sobre sentir que não tem muito tempo de vida, eu simplesmente não aguentei e precisei parar um pouco para respirar, porque estava soluçando e isso estava tornando a leitura difícil. Quando me acalmei um pouco, voltei a ler, mas aí a coisa ficou hard e acho que estou desidratada.

    “E de nada me adianta viver sabendo que não posso ter você ao meu lado. Se você algum dia não estiver mais aqui, meu amor, sua presença ainda vai estar no meu peito. Porque de nada me adianta me poupar da dor de te perder… Pior é não poder passar cada pequeno segundo ao seu lado” Essa parte, essa maldita parte quase me matou de tanto chorar, cheguei a soluçar.

    E finalmente o Namu disse o que tanto eu quanto o Gyu queríamos ouvir, no caso ler, o tão esperado “Eu te amo,Kim Sunggyu”. Pronto, aí minha vida acabou. T-T

    Agora vou poder passar a semana inteira feliz graças a esse capítulo lindo, ainda mais que, por causa dele, conseguir descarregar todas as minhas emoções. Obrigada mesmo Tia Suz, eu já disse, não sei o que seria da minha vida sem Rotten Apple. Pode parecer drama, mas é a pura verdade.

    Até o próximo capítulo. <3333333

    • Ai Ai Tha… o que faço com vc?
      Agora meu coraçao dói, porque só agora eu li seu comentario, e só agora eu percebi que deveria ter feito isso há mais tempo e oferecido meus braços pra vc enquanto voce passava por isso. Em janeiro vai fazer 3 anos que minha avó morreu, eu sei como e sua dor… Quando alguem que amamos demais se vai, é como se nos arrancassem algo e nunca mais pudessemos preencher esse vazio.
      Mas você ainda está aqui, e ela ta viva ai dentro de você. Vai sempre estar.
      Sei que seus comentários sao meus favoritos, que voce sempre me deixa feliz da vida com eles, mas dessa vez eu só quero, de alguma forma, confortar seu coraçao.
      O que aconteceu depois disso vc provavelmente ja leu, entao eu respondo se vc mandar outro review.
      Voce sabe que estou sempre aqui pra vc, nao é? Entao please, conte comigo!
      Obrigada por ser sempre um raiozinho de sol na minha vida <3

  8. Bem, nao pude ouvir a musica que voce indicou, e nesse momento o iTunes, escolheu voy muriendo… Devo dizer que encaixou como uma luva, porque sou doida nessa musica, desde uma certa história por ai, de uma certa autora ai sabe? Ah, sim, vai ter que me perdoar, a falta de acentuação, estou escrevendo do tablet 😔 apenas porque nao vou conseguir esperar até amanha…

    Devo dizer que esse capitulo me levou do inferno ao céu, senti como se eu estivesse ali vendo tudo acontecer, eu vi, tudo acontecer entende???? Eu senti, tudo o que o Gyu sentiu, mas ao contrario dele eu tive ímpeto de socar o namu, afinal, nao teria tanta paciencia…

    Só voce consegue isso comigo, Ah, eu te odeio tanto Suzani, mas te amo pelos mesmo motivos. Voce,tem o dom de me chocar, e de me deixar maravilhada de um parágrafo ao outro… Sua bruxa das palavras…

    O que dizer do meu Gyu, Deus, eu sofri demais ali com ele… Essa tensão, essa incerteza, até porque ele nao estava preparado para aquela rejeição do namu, e confesso que queria dar uma surra num garoto enfermo…

    Eu estava preparada, pra tudo Suzani, tudo, menos para o que veio a seguir, essa explicação do namu, essas duvidas, deus, eu quis te matar, porque me deixou desesperada sabia? Eu fiquei desesperada, porque o meu namu, estava desesperado e perdido, ele é só uma criança, crianças nao deveriam passar por isso, ele devia estar na escola, vivendo bons momentos com seus amigos…. Nao frágil desse jeito. Mas voce, tem dó da gente? Claro que nao… Foi lá e massacrou o meu coração, e o coração do meu garoto, foi lá e fez a declaração mais linda do mundo, porque foi doce, foi pura, foi linda, linda, linda… E eu estou surtada nesse momento, e a culpa é sua… Exclusivamente sua. Assuma a responsabilidade.

    E quando acho que pegarei raivinha do namu, eu termino amando mais esse seboso, e rezando pra que essa tempestade acabe logo…

    Susu, obrigada pelo capitulo, obrigada obrigada… Te amo/te odeio

Que tal mandar um alô pra tia Suz? xD